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As Tendências do Retail Media a observar em 2024

  Published on 09 Setembro 2024
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    Tal como definido no nosso artigo “A Evolução do Retail Media”, o Retail Media pode ser qualquer tipo de material de marketing promocional colocado estrategicamente num ambiente de retalho para alcançar o consumidor. Sem dúvida, vimos o Retail Media evoluir ao longo dos anos e tornar-se muito mais predominante no mundo digital atual. Com este desenvolvimento, as empresas aumentaram os seus investimentos em Retail Media, com a intenção de aumentar o seu alcance e duplicar a capacidade de recolher dados primários sobre os consumidores. De facto, de acordo com o relatório “This Year Next Year: 2023 Europe & Central Asia End-of-Year Forecast”, do GroupM, prevê-se que o gasto com Retail Media na Europa alcance os 24.800 milhões de dólares em 2026, que representa o triplo do valor com respeito a 2019. Nesta parte do da nossa série de conteúdos sobre o Retail Media, iremos analisar algumas das tendênciais mais notáveis do Retail Media a nível digital, a começar pelo marketing baseado em dados.

    O Marketing Baseado em Dados Está na Vanguarda das Tendências do Retail Media

    Muitos dos novos caminhos que estamos a ver as empresas tomarem com as suas estratégias de Retail Media devem-se ao poder de acesso aos dados primários dos consumidores. Este acesso permitiu às empresas duplicar a sua ação com uma segmentação mais precisa que, por sua vez, criará um maior retorno do investimento para o seu negócio. O marketing baseado em fafos oferece benefícios adicionais, incluindo:

    1. Abre as portas para experiências e trajectos de marketing personalizados.
    2. Melhora a experiência geral do cliente, uma vez que os anúncios são mais bem direcionados para as suas necessidades e comportamentos nos canais.
    3. Cria um maior retorno do investimento para as empresas, uma vez que os anúncios direcionados têm uma taxa de sucesso mais elevada e aumentam as vendas.

    O Retail Media Está Mais Integrado do que Nunca com o Comércio Eletrónico

    Como anteriormente referido, é evidente que o comércio eletrónico está a crescer num ritmo acelerado. Ao analisar a forma como esta tendência se desenvolveu nos últimos anos, as redes de Retail Media oferecem às empresas que continuam a desenvolver uma estratégia mais ampla no espaço do ecommerce, a oportunidade de obter maiores lucros e receitas.

    É uma realidade que o comércio e o comércio eletrónico já não são prioridades separadas, mas que se revelam igualmente importantes na utilização das redes do Retail Media para o marketing. Por quê? Simplesmente porque isto cria uma experiência de compra mais consistente e positiva, quando os clientes estão a interagir com as suas marcas preferidas. Isto também ajuda a expor os consumidores a formas mais tradicionais do Retail Media e a manter o fluxo de pessoas nas lojas físicas. Por exemplo, um anúncio de um evento de saldos para uma compra na loja pode existir no sítio web de um retalhista, incitando o cliente a visitar a loja e tirar partido de um preço com desconto. A partir desta experiência, o cliente pode deparar-se com outras vendas a retalho na loja, o que o leva a fazer uma nova compra. De facto, dados mostram que até 79% dos consumidores fazem compras adicionais na loja quando recolhem a sua encomenda digital e são expostos a anúncios de Retail Media. Este é um ótimo modelo a adaptar pelas empresas que procuram aumentar as suas receitas.

    Uma Estratégia Omnicanal Conquista os Consumidores com um Caminho Mais Conveniente para a Compra

    Não há dúvida que adaptar uma estratégia Omnicanal de Retail Media cria mais pontos de contacto na trajetória de compra do consumidor. Sem adaptar essa estatégia, as empresas podem facilmente perder a oportunidade de criar uma experiência de compra mais personalizada com a utilizacão de dados primários dos consumidores.

    Para além disso, o Omnicanal cria uma experiência mais unificada para os clientes, que é a forma de conquistar as suas compras. De facto, 70% dos consumidores gastam mais em marcas que adaptaram uma estratégia de Ominicanalidade ao seu Retail Media. A conveniência também tem um papel importante nesta abordagem, especialmente com as gerações mais jovens – que valorizam a conveniência de comprar os seus produtos e marcas favoritos em qualquer lugar onde estejam conectados. Este facto, por sua vez, pode melhorar a experiência e a fidelidade dos clientes, o que retém consumidores e aumenta as receitas da empresa.

    O mobile commerce e as redes sociais são os principais motores para tornar esta experiência de compra mais conveniente. Para além disso, prevê-se que o número de utilizadores das redes sociais atinja os seis mil milhões até o ano de 2027.

    Muitas destas plataformas de redes sociais oferecem seus próprios serviços de marketing e de publicidade paga, que ajudam as empresas a orientar-se melhor para os seus consumidores ideais e sugerem formas ou estão a fornecer as suas próprias estratégias para ajudar as empresas a obter o melhor retorno dos seus gastos com publicidade. Exemplos disso são o Google Ads, o Meta Business Manager ou o LinkedIn Advertising.

    O mobile commerce revela-se um dos ambientes mais ideais para as empresas posicionarem os seus anúncios. Ao inscreverem-se nestas plataformas, os consumidroes são convidados a preencher as suas informações, que são transmitidas aos anunciantes para os ajudar a direcionar melhor os seus anúncios.

     A outra parte é o facto de as plataformas de redes sociais estarem a registar os hábitos dos utilizadores, o que afecta o que aparece no seu feed, graças às poderosas tecnologias emergente e à integração da IA. Esta utilização de resultados baseados em dados é extremamente tática, uma vez que as redes sociais provam ser uma plataforma para a qual não só as empresas podem direcionar os seus anúncios de forma eficaz, como também permitem que os consumidores acedam facilmente aos sítios web para fazer uma compra, o que as empresas podem acompanhar através da análise do sucesso das taxas de cliques e muito mais.

    Estratégias Não Endémicas de Retail Media Estão a Ser Adaptadas para Proporcionar uma Melhor Visibilidade da Marca e Oportunidades de Venda

    O Retail Media endémico tem sido amplamente praticado no panorama retalhista e trata-se de uma forma eficaz de as empresas publicitarem os seus produtos. A utilização de de espaço publicitário nos sítios web dos retalhistas onde seus produtos são vendidos, tem funcionado bem para as empresas, uma vez que estes anúncios estão a funcionar num espaço nativo onde o consumidor está ativamente a comprar os seus produtos. O outro benefício destes anúncios serem comprados e vendidos nos locais do Retail Media, é a possibilidade de as empresas comprarem um melhor espaço publicitário, como uma faixa em destaque na página inicial dos retalhistas, dando maior visibilidade e aumentando a probabilidade de compra. Isto conduz a um caminho de compra mais simples e conveniente para os consumidores, bem como um fluxo de receitas secundário eficaz e confiável para os retalhistas.

    Ao contrário do Retail Media Endémico, estamos a começar a ver mais empresas usarem o Retail Media Não-Endémico nas suas estratégias publicitárias. O Retail Media Não-Endémico refere-se a retalhistas que vendem espaço publicitário a produtos que não são nativos das ofertas de retalho do seu sítio web. Esta estratégia abre uma maior base potencial de audiencia de consumidores a produtos que não são nativos do seu sítio, ao mesmo tempo em que obtém um fluxo de receitas adicional no processo. De acordo com a agência de marketing digital Digilant, uma das formas mais eficazes de fazer isto funcionar é encontrar sobreposições na base de público-alvo. Como? Recolhendo dados de terceiros e utilizando-os como argumento de venda para as empresas que pretendem aderir. Esta pode ser uma via menos conhecida no espaço do Retail Media, mas, no entanto, é algo que mais empresas estão a começar a adaptar devido ao seu potencial de receitas.

    Um notável exemplo do Retail Media Não-Endémico que prova a sua incrível eficácia são os anúncios pós-transacionais. Por que é que são tão eficazes? Porque ajudam a incentivar os consumidores a efetuar uma segunda compra, ao mesmo tempo em que oferecem um valioso fluxo de receita adicional aos negócios sem interromprer o funil de vendas. Em suma, isto prova-se ser uma forma eficaz de as empresas aumentarem o seu valor por venda e de disponibilizare, espaço publicitário a outras marcas não nativas do seu marketplace que pretendam que os seus anúncios sejam expostos a um novo grupo de potenciais clientes quando a compra é uma prioridade. Este momento da jornada de compra de um cliente também dá às empresas a oportunidade de recompensar os consumidores com um vale de desconto ou reembolso, contribuindo para a possibilidade de um cliente mais legal e que regressa.

    Na Webloyalty, esta provou-se ser uma tática de sucesso que adaptámos com alguns dos nossos principais parceiros e a promoção do nosso programa Compra e Poupa em sítios web parceiros não nativos, através da subscrição de uma assinatura de cashback. Isto oferece aos consumidores a oportunidade de beneficiarem-se de um reembolso em compras em uma grande variedade de retalhistas, ao mesmo tempo em que proporciona aos parceiros uma fonte de adicional de receitas através da utilização do seu sítio web para colocações pós-transacionais de Retail Media. Ajudar a encontrar soluções para as empresas é sempre uma prioridade máxima para nós na Webloyalty. Se quiser saber mais sobre como proporcionámos receitas secundárias aos nossos parceiros, consulte as nossas soluções.

    As Novas Tendências de Retail Media Criam uma Maior Procura de Melhores Padrões

    Com estas novas formas do Retail Media digital, surge a necessidade de uma melhor gestão dos dados recolhidos e de um processo mais uniformizado para as empresas medirem o seu sucesso e garantirem a transparência da informação. Com os planos do Google de remover os cookiers de terceiros na segunda metade de 2024, devido à iniciativa Privacy Sandbox, ainda mais empresas irão olhar para as redes de Retail Media como a sua principal fonte de gestão e segmentação de dados primários dos consumidores. Em 2023, foi criado o “Retail Media Measurement Guidelines” (“Diretrizes de Medição do Retail Media”), numa tentativa de garantir que as práticas estão em conformidade com o Retail Media Council e o Interactive Advertising Bureau. No que diz respeito aos dados, este guia é também uma tentativa de assegurar que os dados e a privacidade do consumidor estejam protegidos e cumpram o RGPD (Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados). Uma das formas que as empresas têm de cumprir este regulamento é através do controlo do acesso e da garantia de que as medidas de encriptação estejam em vigor.

    Em suma, o Retail Media evoluiu para oferecer novas oportunidades de chegar aos consumidores diretamente no ponto de compra. É crucial que as empresas considerem as tendências aqui mencionadas e, principalmente, como o retalho está a evoluir, se quiserem manter-se à frente de seus concorrentes em 2024 e nos anos vindouros. Observamos que uma variedade de novas plataformas fornece dados poderosos de rastreamento e análise que permitem às empresas explorar novos caminhos do varejo, como o Retail Media não-endémica, e agilizar um melhor caminho para a compra e a experiência do consumidor. Vale a pena prestar atenção a esta estratégia, uma vez que proporciona aos marketplaces uma melhor rentabilidade e oportunidades para as empresas mais pequenas que pretendem uma maior exposição das suas marcas, enquanto lutam contra um cenário competitivo contínuo de grandes empresas que dominam o espaço publicitário do comércio eletrónico. Embora isto esteja a proporcionar novas oportunidades no retalho, também exige uma melhor uniformização que as empresas possam seguir. À medida que estabelecemos as maiores tendências no panorama, também estamos a ver um aumento nos desafios que resultaram de alguns destes avanços, que as empresas têm igualmente de identificar e ultrapassar. Fique atento ao nosso próximo estudo, pois iremos analisar estes desafios na próxima parte da nossa série sobre o Retail Media.

    Fontes:

    1. Fragmentation: The big challenge for retail media in 2024 (econsultancy.com)
    2. How Retail Media Is Reshaping Retail | BCG
    3. Insights into the evolving landscapes of retail fraud – Retail Insight Network (retail-insight-network.com)
    4. Insights into the evolving landscapes of retail fraud – Retail Insight Network (retail-insight-network.com)
    5. The algorithms powering loyalty: How an AI firm is helping Tesco gamify Clubcard (econsultancy.com)
    6. Retail Media: The Dynamic Landscape in the UK | by Aysu Altuntaş | GoWit | Medium
    7. BOPIS (Buy Online Pickup In Store) — Brightpearl
    8. IAB-MRC-Retail-Media-Measurement-Guidelines_For-Public-Comment-1.pdf
    9. Online shopping behavior in the United Kingdom (UK) – statistics & facts | Statista
    10. What is Endemic vs Non-Endemic Retail Media Advertising? – Digilant
    11. What Is Omnichannel Retail? How it Works and Examples (2024) – Shopify
    12. This Year Next Year: 2023 Europe & Central Asia End-of-Year Forecast – GroupM