Apesar de o comercio eletrónico ter de enfrentar diferentes desafios no futuro próximo, como a integração do 5G, soluções de inteligência artificial, crise de abastecimento ou aumento da inflação, ano após ano, os números relativos ao comércio eletrónico continuam a crescer. “Os dados confirmam esta tendência e mostram como a compra online se tornaram parte integrante dos hábitos de consumo em geral”, afirma Paula Rodríguez, New Business Development Director da Webloyalty Ibéria.
Tendências do comércio eletrónico para 2023, segundo a Webloyalty
Os especialistas da Webloyalty elaboraram uma lista das próximas tendências que veremos este ano no comércio elertrónico:
- Mudanças nas políticas de envios e devoluções: as lojas online assumiram os custos de envio e devolução que significavam grandes perdas de receitas para as marcas, com o objetivo de captar (e fidelizar) as compras online. Esta consolidação do comércio eletrónico significa que tais movimentos empresariais já não são necessários e, como resultado, que as empresas estão a repensar estas políticas. No entanto, devem ser precavidas porque as dificuldades no processo de devolução podem ser um motivo para a metade dos consumidores não voltar a comprar de uma determinada, de acordo com um estudo realizado pela Tenerity através da empresa de consultoria Ipsos.
- Importância do estoque: devido à inflação e à crise provocada pela guerra na Ucrânia, o aprovisionamento deve ser uma prioridade, a fim de evitar problemas de abastecimento que resultem na perda de clientes ou custos adicionais.
- Importância das resenhas: atualmente, 450.000 resenhas são consultadas diariamente pelos utilizadores da Internet, e as críticas positivas têm um impacto direto nas vendas das marcas. Concretamente, a empresa de certificação de resenhas NoFakes estima que o aumento das vendas das empresas com críticas positivas se situa entre 270% e 380%. Uma estratégia forte neste sentido será fundamental para se diferenciar da concorrência.
- Presença em marketplaces: raramente é possível falar de totais, mas quando se trata de compras online em marketplaces, é necessário fazê-lo. E o facto é que 100% dos compradores online realizaram compras em algum marketplace durante o último ano, como confirma um estudo realizado por Tandem up. Perante este cenário, nossas previsões apontam para que o volume de marcas com presença nestes canais continue a aumentar no próximo ano.
- Expansão para novos mercados: cerca de seis de cada dez comércios eletrónicos espanhóis querem expandir-se internacionalmente em 2023, de acordo com dados fornecidos pelo “Relatório de Comportamento empresarial” da Hubbo, e não é de se surpreender que tenha tornado-se uma das principais estratéfias para alcançar a escalabilidade.
- Re-commerce e Up-cyling: a venda de produtos de segunda mão, assim como de artigos reciclados, se posiciona como uma das opções de venda que mais tem importância. Por causa da quantidade crescente de consumidores que adquirem este tipo de produto, muitas marcas estão a modificar as suas estratéfias, com novas linhas de negócio relacionadas com estes aspectos.
- Flexibilidade de pagamento e opções de financiação: devido à atual crise económica será necessário proporcionar uma gama mais ampla de opções de pagamento, sempre e quando estas sejam claras e ofereçam garantias e confiança. Se as marcas querem manter o consumo em um ano cheio de incertexas, devem adaptar-se às necessidades dos consumidores rapidamente.
- Metaverso: já não é mais o futuro, e sim o presente, e estamos a ver como grandes marcas apresentam algumas coleções para os utilizadores comprarem artigos para os seus avatares virtuais.
- Eliminação das cookies de terceiros: estas permitiram obter informações dos utilizadores e os poder segmentar por audiências. No entanto, aproximam-se grandes mudanças que irão impactar de forma direta nas estratégias de marketing dos comércios eletrónicos, apesar de que já estão a pensar em soluções como a implantação e a utilização do walled garden.
- Hiper-personalização como objetivo: tal e como mostra o estudo ‘O impacto da tecnologia nas estratégias de fidelização dos clientes’, realizado pela Tenerity através da consultora Ipsos, vivemos o ocaso das estratégias massivas e das campanhas generalizadas. Apesar de que não se tenha conseguido uma personalização total, esse é o objetivo. A hiper-personalização ajuda a acertar mais e os resultados são muito positivos nos principais indicadores (KPIs, OKRs). Para consegui-lo, é fundamental um conhecimento completo e exaustivo do cliente, também fora do entorno de relação com a companhia.